segunda-feira, 9 de julho de 2012

Quatro poeminhas de bolso

(Rene Magritte)


Indicação

Poeta bom pra tosse
É aquele que torce
Contra o leitor-xarope


O troco é teu

Meto a língua
Onde não devo
E calo pra ler!


Cera

Mas que raios!
Um papagaio
Assovia em meus ouvidos:

Não seja repetitivo!
Não seja repetitivo!
Não seja repetitivo! 


Encarnação 

Quando a inspiração
Se esconde no porão
É pra encarnar assombração?


(Cris de Souza)


* Conversando sobre os sentidos da voz com Cris de Souza, para ouvir clique AQUI.

16 comentários:

  1. Gostando das pílulas poéeticas leminskianas.

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  2. Bolso cheio!!

    Beijinho cafona, cristigresesfinge!

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  3. Num é que me deixa de orelha em pé! Se eu ri, imagino que você gargalhou... Beijo, poetisa do barulho!

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  4. hum, never more, never more cantaria
    nesta ária do dia a dia,
    sai fora papagaio deixa-me a cotovia,

    beijo

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  5. quanto bom humor :)
    Gostei!
    Gosto de rir com palavras.
    beijoss

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  6. um poema teu/ assusta a idade/ dançam as rugas/ rejuvenecem

    tão bom te ler

    beijo grande

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  7. Que bolso poético!
    Com certeza tirarei do bolso alguma dessas daqui para frente.

    abraços!

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  8. não há bolsos que cheguem para eles

    beijinho

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  9. Todos bons. Não vou assinar em baixo do primeiro por não concordar, mas ótima construção.

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  10. Uma graça! A começar pelo título...delicadíssimo!
    Bjinhos, Crislinda!

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  11. de bolso? diria antes de mesa de cabeceira :)

    beijos, cris!

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