domingo, 23 de janeiro de 2011

A ninfa e o sátiro


(alexandre cabanel, ninfa e sátiro/1860)



folhados a mel
sorriem aos céus
os seios flecheiros
da ninfa
floreados no alvo
das mãos famintas
no auge das tintas
de sátiro à gosto


(Cris de Souza)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Estória à parte


era uma vez na tez
do ser que vivia
sem castelo
nem espora  

crescia inglória    
criando monstros
nas memórias    

mastigava a razão   
cor de abóbora

e morria na abóbada
de sombras da guarda
anti-heróica                  

(Cris de Souza)

sábado, 8 de janeiro de 2011

Sem licença poética...



POEMINHA DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

(Mario Quintana)

..........................

POEMINHA DO CONSTA

Todos estes que aí estão
Atravessando a minha linha,
Eles andarão.
Eu andorinha!

(Cris  de Souza)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Clara mente




tivesse a vista
pra escolher
seria a do sol
não nascer
de mãos dadas
à ilusão
clara mente
maior
que minhas
dadas mãos


(Cris de Souza)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Netuniano


encosta agora
tua barbatana
na minha escuna 

esmero cuidar
de tuas escamas
na espuma
de cada aurora


(Cris de Souza)