sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Trilogia que dá na telha

Expiação



O meu Eu lírico
Não perde tempo a sós:                  
Anoitece com a coruja,
Amanhece com o albatroz.



Vira-verso 


Verso veloz
Por entre
As avezinhas
Dando asas
As vozes vizinhas!



Expectativa


O silêncio do besouro
Vale ouro
No mercado negro?



(Cris de Souza)


 (Secos e Molhados, Delírio)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um poema reparado nas redondezas



Prelúdio ao refúgio 

 


Vela ao léu 
Por azular? 
-  Noite terçã      
Pra bordejar            


Na borda torta
Do lago imenso      
Afoguear
Estrelas vãs


Aluamento
Por dois silêncios:
Único afã
Borbulhar!




(Cris de Souza)

domingo, 4 de setembro de 2011

Haicais de vez em quando


Os avoados


entre o pássaro
e o ninho passa
um moinho de versos

.


Ferroada


caia a cera
das abelhas
que der na telha 

.


Desregra a lenda


desce o tinto
enquanto bacco
sobe os labirintos

.



Demarcação 


o espaço marca
o descompasso das horas
vagas de estrelas

.


(Cris de Souza)