segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Ceciliando (II) - Canção Mística

No mistério do jardim
Equilibra-se uma borboletra

E, na borboletra, um jasmim,
E, no jasmim, um poeta,
No poeta um planeta 
E, sobre ele, o formigueiro

Entre a borboletra e o jardim,
O alfabeto inteiro

(Cris de Souza)

sábado, 22 de fevereiro de 2014

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Quintaniando (II) - Sobre signo

Quem disse 
Que eu nadei?

Não importa 
Que o tenham 
Diminuído:
A gente continua 
Afogando
O oceano    
Em que cresceu

(Cris de Souza)

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Quase mito (V)

Virgens tingem-se
Sem vestígios de manto
Fadadas ao chifre
Do unicórnio branco

(Cris de Souza)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Salmo

(a Adriane Garcia)

Tez
Que se preze
Despe-se
Em prece
Uma vez
Que a nudez
É a maior veste

(Cris de Souza)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Quintaniando


Meu bote de invenções, sem remo tive-o.
Com ele ia subindo a corredeira da vida.   
E, no entanto, após cada invenção suicida...
Que extraordinária sensação de arbítrio!


(Cris de Souza)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Peregrinação

Foto: arquivo impessoal


 (a Ira Buscacio)

No beco chamado caminho
O calcanhar de Aquiles
Alarga-se em pergaminho

 (Cris de Souza)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mirada

Foto: Cris de Souza
(a minha filha Manuela)

Entre
O mar terno
E o eterno amar:
Materno

(Cris de Souza)