sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Trilogia que dá na telha

Expiação



O meu Eu lírico
Não perde tempo a sós:                  
Anoitece com a coruja,
Amanhece com o albatroz.



Vira-verso 


Verso veloz
Por entre
As avezinhas
Dando asas
As vozes vizinhas!



Expectativa


O silêncio do besouro
Vale ouro
No mercado negro?



(Cris de Souza)


 (Secos e Molhados, Delírio)

22 comentários:

  1. é desse delírio que se acostumam
    os doces e iluminados entes
    ...

    Beijo carinhoso,
    Crisântemo.

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  2. Os versos viram ao avesso num delírio que declina em mim...

    beijos

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  3. Seu eu lírico voa
    feito um besouro
    e faz versos que valem ouro...

    bjcas
    Rossana

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  4. Cris, voos para lá e para cá com o seu e o nosso eu, todos a subir e a descer por entre o céu e as nuvens das suas palavras. Que bonitos!! :)
    beijosss

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  5. Adorei mocinha! Ótimo final de semana!

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  6. Pra quem veio atrás de outros poemas: o que temos pra hoje é isso aqui mesmo! Eu que viajei mexendo nos marcadores...

    Aproveito e agradeço a presença dos amigos!

    Beijonocês*

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  7. Saudações, querida moça Cris-tal
    trilogia que dá para todo canto
    expiação vira verso expectativa
    anoitece com a coruja
    dando asas
    vira ouro

    e o delírio de secos e molhados

    Maravilha, moça!
    beijo grande

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  8. Nuussa, seus poemas são tão curtos e tão completos que nem comentá-los eu consigo!

    Fique com a minha cara de testa franzida - estou pensando sobre eles.

    Beijos!

    (Sem problemas quanto ao caso do comentário excluído ;*)

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  9. Toda a trilogia voa bem acima do telhado, mas esse Expiação alcança a graça celeste!

    Deus, acho que vai chegar um tempo em que o silêncio terá realmente de ser contrabandeado;e quem for pego meditando será suspeito de fazer apologia do crime organizado!

    Beijo.

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  10. toda a trilogia guarda um mundo de imensidão secreta dentro de si. e lendo-te, facilmente compreendemos porquê. há, afinal, no poeta, um previr e um porvir que não morre. como a fronteira do dia, afinal: não fenece nem começa; é que nunca sabemos se ainda é ontem ou se já é hoje; e neste vai-não-vai, todo o passado e presente é futuro:
    "Anoitece com a coruja,
    Amanhece com o albatroz."

    beijo e cristal, especialíssima amiga!
    p.s. admirável a última tirada. o título conjugava-se bem com um subtítulo: "expectativa: especulação" :)

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  11. trilogias e este eu tão lírico, tão de lírio



    beijo

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  12. adoráveis, os três: do lirismo que anoitece e amanhece com asas, à deliciosa sonoridade das aliterações velozes das avezinhas até chegar a um questinonamento que vale ouro.

    beijo, minha querida.

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  13. anoitece o que anoitecer
    amanhecerá poesia por aqui.

    um beijão!

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  14. Aqui respiro poesia!
    lindoooooooooooooo!

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  15. Cris,

    sua fauna mitológica de aves e instos alados lhe conferem um adejar suave e preciso. E, então, seu eu-lírico é típico do besouro que não fica nunca encravado virado sobre as próprias costas.

    Abraços, poeta dos grandes dizeres em poucas palavras.

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  16. "Expectativa


    O silêncio do besouro
    Vale ouro
    No mercado negro?"

    Cris, a tua sensibilidade chega a ser emocionante. Quais poetas lhe inspiram? Um abraço!

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  17. fôlego de poeta.
    para ser assim é talento e ponto final.

    abços,
    aline

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  18. se conhecimento - não me importo pra aetimologia - é estar em companhia do nascimento, eis aqui um novo ato nascente, sua poemática.
    sopro-a ao e-vento.
    beijos
    delamancha

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  19. Oi Cris! :)

    Gostei demais do primeiro, (expiação), pois nele tem a palavra CORUJA, que é como eu tenho me sentido atualmente (se você for lá no mosaicos, vai saber porque ;-)

    Beijão, e fique bem.

    Tenha uma linda e feliz semana

    Cid@

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  20. Qualquer albatroz me remete ao Echoes do Pink Floyd. Sim, isso não é normal.

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  21. Teu talento dá sempre na telha. Muito boa trilogia, parabéns!

    Beijos,

    André

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