domingo, 24 de julho de 2011

Haicais de Frente e Verso


I.

Sombra de pássaro
De frente acende  
A luz do verso      



II.

É de sal e estrela
Do mar a onda           
Que lambe o olhar



III.

O oásis se aproxima
Longe se vê
Que a sede é sina



IV.

Língua de fogo:
Todos os dragões
Rimam com sopro



V.

Linha cara leva jeito
Pra dar nó
No pobre poema do peito   



VI.

Tu colhes gargalhada       
Eu, cultivo riso        
Ai de nós plantar juízo!    


(Cris de Souza)   
VII.

Nó cego se avista
Esperto desaperto
Nós em desassossego




VIII.

De frente e verso
Tridimensional
Universo




IX.

Versos acesos,
Dragões sorrindo ilesos,
Derretem o juízo


15 comentários:

  1. Meu pássaro não voltará. A estrela inda brilha. Miragem, pranto e prazer!
    Beijos!...

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  2. nó cego se avista
    esperto desaperto
    nós em dessossego


    beijo

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  3. Que doces! Amei!

    Beijo.

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  4. de frente e verso
    tridimensional
    universo

    Fantásticos, Cris...adorei!

    beijo.

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  5. Versos acesos,
    Dragões sorrindo ilesos,
    Derretem o juízo.


    Deste leitor surpreso,

    Beijo.

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  6. Legal demais!
    Gostei muito mesmo.

    Também eu, cultivo riso!...:)
    Porém não sei fazer haicais!...:(

    Beijinhos pra ti, e fique bem.

    Cid@

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  7. gracias pelo haikai que me toca,

    beijooos

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  8. maravilha Cris, lindos teus haicais inovadores. Realmente são intraduzíveis de tão belos e os de Assis, do Celso e do Marcantonio - um achado dos olhos!

    Beijos

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  9. Muitas margaridas e bens-me-quer!
    Um sonho, uma nuvem, um céu...

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  10. Eu fiz ums tb...tá la espalhado pelo blog... Os seus são d+

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  11. "Se não podem me ler; que eu me leia; que conheça os sobressaltos que interpõe esta ponte, e se ela não existir, que eu seja o engenheiro sagaz; determinado a cumprir com o meu objetivo, seja lá, onde estiver as ferramentas que preciso ainda encontrar para beijar os pés de Clarice Lispector; limpando o chão pelo qual passou Machado de Assis; lendo e aprendendo com o tão polêmico Nietzsche... Ah, Senhor, protetor dos novos e loucos autores, que esta chuva que refrescou a luta árdua de tantos molhe o meu telhado a ponto de encontrar a humildade necessária que não me fará algoz de minhas próprias ambições..."

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