sexta-feira, 11 de abril de 2014

Ceciliando(IV) - Canção das canções

Leve é o canário:
e a sua sombra
vacilante,
mais leve.

E a lábia etérea
de sua garganta,
mais leve.

E o que lembra,
sentindo-se
desdobrar seu canto,
mais leve.

E o desejo sádico
desse ambíguo
instante,
mais leve.

E a fuga inaudível
do amargo cantante,
mais leve.

(Cris de Souza)

5 comentários:

  1. Leva a leveza do canto mas não a poesia do instante.

    Beijos.

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  2. leve é a poeta:
    e sua prosa
    dançante,
    ultraleve.

    (pois que nem só os pássaros voarão!)

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  3. palavras etéreas sobre chão plúmbeo: o poema não perdoa... mas,e a vida?

    beijinho, musa de mil e uma viagens sempre na leveza infinita do cristal!

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  4. e leve nos leva...

    show, Cristalina!

    Beijo!

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  5. Uma cintilação este poema. Ouvimos as vozes sem distingui-las. E como houve, ouvimos essas deliciosas vozes pelo espelho.
    Beijos, caríssima!

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