(Magritte, Sheherazade)
No colo das águas cálidas
que não sei nomear
o mar
ao penetrar a ostra
pérola a mostra
Desde a primeira estação
plantei papoila
sem saber que era
sem saber quimera
fosse primavera
- ai, dar-te quem dera!
A presa tem pressa?
conjugo a cobiça
que eriça a serpente
na língua do ventre
Letra sem vergonha
sei o que é desejo
- diz o verso
é quando a rima
quer fazer sexo
com o leitor!
(Cris de Souza)
Uau! viajei-me em tua voz!
ResponderExcluirBeijinho carinhoso, moça poeta!
Cris, amei o mar revelando a pérola no ventre da ostra! E desejo que vem de rimas e de versos é desejo intenso!
ResponderExcluirBeijos,
Mas isso está uma maravilha, Cris. De uma forma incomum!
ResponderExcluirBeijooO*
... :D :D :D ...
ResponderExcluir" Pior do que uma mulher que fala o que pensa é uma mulher que escreve." Você é uma dessas, ah danada!!! Bjusss.
ResponderExcluirAh, pensei num som das arábias...
ResponderExcluirCris, quantas ondas me percorrem lendo os seus poemas!
ResponderExcluirbeijosss
No colo das águas cálidas é um assovio de asas emplumadas,
ResponderExcluirbeijo
Meu preferido: No colo das águas cálidas. gosto das brincadeiras com nossa língua, revigoram-na, fazxem-na mais presente, atual; esse, de resto, é um dos papeis que cabem ao poeta.
ResponderExcluirDesde o primeiro momento em que te li
ResponderExcluirimpressiona-me esse cântico sonoro
de gaita encantada
que tu carregas
na língua
e a cada sopro
que tu dás
surgem versos
de tua alma
e fluem, baby
fluem
...
Beijo carinhoso,
Crisântemo.
Toda essa sua recente série de curtos poemas, incluindo os postados em homenagens no Trem da Lira, é absolutamente encantadora e cheia de momentos marcantes. Coisa de quem tem pleno domínio dos próprios meios de invenção. O que se chama estilo, marca pessoal. Dizeres acalentados no cola da poeta, uns como sussurros, outros como que adornados de sorrisos, uns como provocantes estalidos de língua. Todos inconfundíveis.
ResponderExcluirBeijo.
Teus versos ancoram a alma.
ResponderExcluirQue delícia te ler, moça!
ResponderExcluirAdorei todos: do primeiro (uma pérola), ao delicioso sotaque lusitano do segundo, à baianice do terceiro e à ousadia sem vergonha que encerra o quarteto.
Beijo.
Demais, um carinho especial para A pressa tem pressa?
ResponderExcluirÉ um prazer visitar seu blog, você surpreende sempre, obras de muita qualidade!
ResponderExcluirGrande abraço e sucesso!
quem disse que é preciso escrever muito para dizer muito
ResponderExcluirdizes quase tudo
Beijinho
LauraAlberto
há textos tateiam pela porta do corpo, encostam-se à pele, enamorados de um cheiro que enleia; volteiam, em falsa timidez, pela carne, visitam os ossos, perguntam pelo cérebro (não param) e, sem avisar, alojam-se no coração. estes? são flechas diretas à central de comando das emoções.
ResponderExcluirah, trem de marcha tão bela quanto imprevisível! ainda vogo na vertigem dos estilhaços.
beijo-te as mãos, diva!
Amiga Cris,
ResponderExcluiraqui o vadio já tinha saudade de cá vir
mas é maravilhosa a tua palavra. é uma palavra que vê bem. eheh
um beijo e um feliz natal
Magnifica, sua escrita, parabéns!
ResponderExcluirFeliz Natal e um excelente 2012.
abraço
oa.s
Genial!
ResponderExcluirBeijos
*
ResponderExcluirAmiga,,
embora de modo standard,
visito-te com amizade,
carinho e respeito !
,
Gostei do teu postado !
,
retornei
e o meu regresso
tem as asas da boa vaga
esquecendo a onda amarga
tão triste no seu quebrar,
porém, é belo o seu trovar,
ecos fortes e salgados,
de Paz , “standarizada” !
Paz nos meus votos sagrados,
que aqui deixo, bem expresso !
,
conchinhas, muitas, para ti !
*
Adorei o jogo de palavras do último poema!
ResponderExcluirBelíssimo blog, parabéns.
Bela voz... geniais acordes:
ResponderExcluirconjugar a cobiça
eriçar a serpente
pela língua do ventre...
Bela poeta... são verdes os seus salmos!
beijo. Cris.