(Foto:Pedro Olivença)
Vila Velha
falo de um tempo
onde a chuva marca
a vidraça escusa
e a noite é lida
na vila
por velha coruja
De longe vejo
nem passa perto
da minha alma
em desassosego,
chegar a ponto
de fingir a calma
de fingir a calma
a que não chego.
Entre traços e traças
olho por olho,
força-me a retina;
dente por dente,
fura-me a rotina;
passo por passo,
faço-me a revista;
folha por folha,
perco-me de vista.
(Cris de Souza)
(Ann Fontanella)
Entre traços e traças, eu me encontrei um tanto, e portanto um pedaço desses versos é meu! rs
ResponderExcluirBeijos,
Como canta bem essa coruja!!!!!! Ô Diva, veja que estou adorando meu camarote. Bjssss.
ResponderExcluirCOLAGEM DE CRIS DE SOUZA:
ResponderExcluirda minha alma
a noite é lida
por velha coruja
[olho por olho
perco-me de vista]
só pra provar que em qualquer situação ou associação, teus versos sempre encantam, como cantos noturnos para violinos ou oboés. Como escape de lira em válvula pressurizada.
Beijo de fã coruja, moça da lira.
de levar embora pra casa!
ResponderExcluirlogo ontem que tava procurando um poema pra morar
vou levar este último, tá.
bjo
desconcerta-me que eu traço,
ResponderExcluirbeijo
Tres viagens diferentes e belas, mas "De longe vejo" passou bem rente a minha alma desassossegada...
ResponderExcluirBjs
Rossana
Bêbedo
ResponderExcluirUm traço de cana
Pertube-me o traço
que faço na rua
Na ida pra cama!
É inevitável lembrar de virtuosismo. Não sei se o primeiro poema traduz a cidade, mas é com certeza um ponto distinto no território poético, lá para onde vão os cantos que as traças não alcançam.
ResponderExcluirBeijo.
Maravilha querida Cris, o título é superbo e o poema é de êxtase! Beijos querida no nariz!
ResponderExcluirMe avisem quando estiver as homenagens e entrevistas viu? Andei meio ocupada, mas agora já estou um pouco mais em liberdade. :)
Beijos
Cris,
ResponderExcluirvc dá aula de ritmo. A coruja que tece a exegese da rotina alheia me cativou, rapinamente.
Abraços!
cris,
ResponderExcluirritmo de en.canta.mento púrpura. como o som que é todas as vozes, até além das derradeiras possibilidades.
beijinho!
Que ritmo impressionante têm os seus poemas, Cris.
ResponderExcluirUma beleza em três atos.
Beijo.
Fiquei perdida na tua vila, encontrei-me no fim.
ResponderExcluirBeijinho
LauraAlberto
Essa gosta de deixar as pessoas sem palavras.
ResponderExcluirnossa, este olho da coruja é de hipnotizar "bunidimais"
ResponderExcluirviolinos mexem e tocam e elevam sabe-se lá pra onde e que nem saiba e deixem levar
muitos olhos, Cris, neste Concerto
os pingos do lado de fora escorrendo no vidro
os caminhos, as estradas
o passado, o presente, o horizonte
beijos, linda
noossa, Cris...que lindo, que lindo...vi teu diálogo com a Dani tbm, e só posso dizer que aqui do meu lugar vcs me elevam.
ResponderExcluirem cada sílaba nunca se esgota
ResponderExcluiressa tua alma rítmica suspensa
em imagens e aquele suspiro
de quem subiu a montanha
leve e denso
...
Beijo carinhoso,
Crisântemo.
Um mais lindo que o outro!!!
ResponderExcluirBj!
Ler a sua noite
ResponderExcluirfaz enxergar melhor
o que vejo de longe
entre traços...
o espaço em reticências!
Parabéns! Cris Souza... (beijo).
Honradíssima com tua presença no rejaneando, Cris - a poesia ainda mais perto - em todas as direções eu sempre fiz meus melhores encontros.
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