passo a limpo a palavra
árida na garganta
já pelas tantas
sujo as mãos
no silêncio desse verão
(Cris de Souza)
(vladimir kush)
traçado
em gizes anis
nas dobras ardis
do espaçamento
dédalo pelos
quatro cantos
dos cataventos
(Cris de Souza)
de trás pra frente
a noite demente
segue com seu tridente
dentro da gente
(Cris de Souza)
(barão vermelho, down em mim)
entreolhar
somente
um silêncio
de carícia
a tocar toda
a malícia
preliminar
(Cris de Souza)