domingo, 29 de julho de 2012

Notas de improviso para arroubos de cristal


Foto: arquivo pessoal 



a Cris de Souza


I

felino
jeito
de falar

cristalino
gesto
de gostar

gentileza
de tigresa



II

vovó
sabia
o que
fazia

encheu
de brisa
a cuca
da menina


III

endoidecida
em goles
de madrugada

vaga
pela lua
inspirada


IV

é na moita
que crisântemo
exala a real
essência


V

catar-se
a caminho
da catarse

confim
crucial



13 comentários:

  1. Se ao improvisar faz isso comigo, suspeito que se elaborar estarei perdida de vez.
    Preciso dizer “ vá te catar”?!?

    Adorei! Obrigada, viu.

    Beijão, Jo*

    ResponderExcluir
  2. pera
    perinha
    perona

    rimar
    fica
    por tua
    conta


    cabia mais essa, né?! a tua cara também!


    :D

    Beijinho cafona, Cristigresesfinge!

    ResponderExcluir
  3. catarse leve como pétala
    um ensaio
    belo
    honesto e quiçá musical

    o peso do cristal e arestas a felina levou prá gruta

    B.

    ResponderExcluir
  4. Palavras mágicas... jogo de essências... formas leves... "endoidecida em goles de madrugada"... genial!
    Beijo.

    ResponderExcluir
  5. de cristais e sintonias, fidalguias



    beijos

    ResponderExcluir
  6. Cristal, ficou a tua cara! Você merece essa linda homenagem e muito mais, porque além de talentosa, tá pra nascer alguém mais generosa que você.
    Beijosssssssss.

    ResponderExcluir
  7. A gênese! Joelma acertou no centro do alvo!

    Abraço!

    ResponderExcluir
  8. Isso sim é uma biografia.

    dever-se-ia adotar o modelo.

    ResponderExcluir
  9. A Joelma, para além de ser uma excelente pessoa, é uma excelente poeta.
    Beijo, querida amiga.

    ResponderExcluir
  10. adorei essa avó de soprar brisas :)
    beijos, gurias.

    ResponderExcluir
  11. cris e joelma em tropel de nuvens e sentidos. e a perfeição é, afinal, uma possibilidade!

    beijinho a ti, joelma, e à cris de feitiços em tons cristal!

    ResponderExcluir
  12. ANJO NEGRO
    Como um relâmpago
    Ela entrou em minha vida,
    Tão inesperadamente como saiu.

    Não me deixou rastros
    E nem carta de despedida,
    Meu anjo negro retornou às estrelas.

    Suas asas cobriram-me,
    Seus lábios devolveram-me a vida.
    Retirando-me o gosto amargo de viver,
    Meu anjo protegeu-me
    Pousando em meu coração.

    Meu anjo negro retornou às estrelas
    Deixando-me órfão
    Para abraçar o meu/seu vazio.

    Agora sou um prisioneiro sem cela
    Que, ao ser despertado pela luz da manhã,
    Busca refúgio ao final do dia
    À espera do retorno
    Que a noite nega-se a permitir.

    *Do livro (O ANJO E A TEMPESTADE) do escritor Agamenon Troyan
    SKYPE; tarokid18

    ResponderExcluir

Viajai-vos!