terça-feira, 10 de abril de 2012

Lira que sibila


I. 


disfarça-se
a voz
púrpura 

pura em fissuras
arvoradas 
entre versos

alheia à brancura 
de um gesto
impresso de olor


II.


lanho de flor
carnívora
onde víbora 

a língua
se ostenta
em oferenda

onde a presa
se emenda
aos fonemas

onde reina 
a armadilha 
destas sílabas:

sina!


(Cris de Souza & Joelma Bittencourt)




13 comentários:

  1. a sina da poesia nessa eterna doação

    beijos!

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  2. a lira sibila
    o desejo da voz:
    capturar silêncios!

    adorei a cumplicidade poética, Cris! O "recreio" foi uma delíccccccccccccccccccia! rs...

    Beijinho carinhoso, poeta amiga!

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  3. maravilha...dá pra ouvir o som das palavras ecoando uma canção de amor cantada por Tom Waits rsrs

    bjs
    ns

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    Respostas
    1. rs... quase que indico Tom Waits para acompanhar a lira... Who are you...

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  4. Cris,
    sina é sina ( sinto informar)

    Barbara

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  5. Minha querida

    Parabéns às duas almas que escreveram este belo poema.

    Um beijinho
    Sonhadora

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  6. Belíssimo. Poesia aqui é dupla sina (agrada-me informar o que todos já sabem, rs.)

    Beijos.

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  7. há arrepios em pétalas carnívoras que nunca chegam a pressentir flor...
    oh, que vozes estas a enxamear-me a pele...

    beijos, cris e joelma!

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  8. Há sempre armadilhas nas liras da poetas. Sina?
    Bj imenso, meninas afiadas

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  9. Fonemas acasalando-se
    versos
    poema...

    Duas feras.
    bjs

    Rossana

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  10. Onde vib(o)ra a língua, as presas me desprezam. Como picar o que já foi engolido e digerido pela sina de ser mero devoto de duas deusas da palavra em conluio?

    Beijos

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  11. Gurias, que coisa mais linda esse encontro!!!


    beijo beijo :)

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