segunda-feira, 3 de junho de 2013

Ponto óbvio

Fotografia: Sthepanie Bracciano

O ser sóbrio
O ser sozinho
O ser sombrio

Vagueia
De malas prontas
Em torno do fim

(Cris de Souza)


* Poema inspirado na imagem. Desafio poético proposto por Tania Regina Contreiras.

7 comentários:

  1. Cris, que poema, garota!!! Eu gostaria de ter escrito. Esse vaguear em torno do fim é um assombro. Que bom vc de volta! Muito.

    beijos,

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  2. Caríssima, que poema!
    Nele a beleza da fotografia se casa com a beleza do texto na sua tentativa de decodificar a representação do real na foto. São duas construções elípticas. Um recorte na fotografia que deixa ao expectador múltiplas possibilidades de leitura, e o poema, ao omitir as relações entre os elementos constitutivos de cada verso, suprimindo os verbos (há apenas um verbo no poema, justapõe adjetivos na primeira estrofe e na segunda uma locução adjetiva e um adjunto adverbial, obriga o leitor a de certa forma descobrir-lhe a multiplicidades de sentidos que nele se encerra tal como na fotografia.

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  3. o óbvio que só sabe quem sente!

    beijo, Cristalina!

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  4. no entorno tudo é fim

    belo, belo


    beijo

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  5. A imagem é muito bonita, instigante mesmo; teu primeiro verso cria, por outro lado,uma dissensão legal na expectativas. Veja: eu, de cara, imaginei a personagem da foto como alguém não sóbrio; sozinho, mas não sóbrio,e sim alucinado, atordoado. De alguma maneira, estimula a reflexão sobre os graus ou os diferentes pontos de vista a respeito do que seja sobriedade.

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  6. Com viagem certa, mas sem passagem marcada...

    Beijos, Cris.

    Bom ter vindo por aqui!

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